Projetada para receber seis casas geminadas, a vila de condomínio horizontal propõe um lugar privativo, seguro e confortável para morar.
Ficha técnica
- Arquitetura: Pessoa Arquitetos
- Construção: Natali
- Gerenciamento/Coordenação: Natali - Eng. Wanderley Natali
- Projeto de Iluminação: Base 3 Arquitetos - Arq. Jorge Pessoa de Carvalho
- Projeto de Paisagismo: Mara Capela Paisagismo
Vila moderna
Texto: Ian Vieira
A funcionalidade e a distribuição do programa são os aspectos que encantam naquela vila residencial do paulistano Brooklin Velho. O lote, originalmente destinado a uma única residência, desmembra-se em seis partes para receber a respectiva unidade – cada uma com 300 m². O resultado é um lugar privativo que instiga uma moradia segura e confortável.
“O projeto arquitetônico deveria contemplar um programa de necessidades extenso para que as casas se tornassem viáveis comercialmente para o público alvo. São quatro suítes, três salas, varanda com churrasqueira, jardim com piscina, cozinha, copa, lavanderia, dependência para empregado, depósito e garagem para quatro carros. Mas o principal foi a necessidade de privacidade que todo morador exige”, explica Jorge Pessoa, arquiteto responsável.
Casas próximas, mas nem tanto
Ainda de acordo com Jorge, a questão da privacidade se deve pela proximidade das casas. “Elas são geminadas, e as superfícies em que se encostam são ínfimas. No térreo, apenas o lavabo de uma residência fica encostado na cozinha da casa vizinha. Já no pavimento superior, o banheiro da suíte está próximo a um quarto da outra unidade. Essas superfícies foram executadas com paredes duplas e um pequeno vazio entre elas. Tratam-se de ambientes com revestimentos hidráulicos, o que torna as suas paredes mais espessas”.
Outra situação envolvia a individualidade de cada unidade, já que a conjuntura básica das residências seguia um padrão construtivo. “Isso foi resolvido ao projetar as fachadas em planos diferentes. Para tanto, desenhamos um volume central que se projeta para fora, dando a impressão de que as casas são isoladas uma das outras”.
Integradas ao jardim
O pavimento térreo, onde ficam as salas, possui uma grande face envidraçada aberta para um jardim, com caixilhos dispostos do piso ao teto. A solução cria uma integração harmoniosa com a parte exterior.
“O uso de pilares e vigas de concreto permite que a estrutura seja independente dos fechamentos e das vedações. Daí a inclusão de grandes vãos fechados com vidros transparentes, que permitem a entrada da luz durante dia, realizando a desejada integração com o jardim externo. Também utilizamos pilares metálicos nas varandas, pois são mais esbeltos do que os de concreto e possibilitam maior destaque no volume superior”, complementa.